A escolha do seu embólico poderia significar menos dor pós-UFE?
Alicia Armeli

A embolização de miomas uterinos minimamente invasiva (UFE) é uma opção de tratamento segura e eficaz para mulheres com miomas uterinos sintomáticos. Além de evitar a cirurgia, a EAU oferece benefícios que incluem baixas taxas de complicações graves, uma recuperação mais rápida, uma taxa de melhora aproximada dos sintomas de 90% – e você consegue manter seu útero.1

Uma desvantagem associada à EAU são as cólicas que os pacientes supostamente experimentam nas primeiras 24 horas após o procedimento, que muitas vezes requerem analgésicos para alívio.2 Para ajudar as mulheres a sentirem-se o mais confortáveis ​​possível após a EUF, foram concebidos diferentes regimes de tratamento da dor.

Mas e se algo tão simples como escolher um tipo específico de embolia para a EFU pudesse fazer uma diferença substancial? Pesquisadores do Hospital Saiseikai Shiga, no Japão, compararam dois embólicos: Microesferas Embosphere® e partículas de esponja de gelatina.3 Eles descobriram que os pacientes submetidos à EAU com Microesferas Embosfera experimentaram significativamente menos dor pós-procedimento.

Para entender por que esses resultados são tão significativos, primeiro precisamos entender o procedimento UFE e o que realmente é uma embolia. Sob sedação consciente, um médico chamado radiologista intervencionista faz um corte no pulso ou na região da virilha para obter acesso às artérias uterinas que fornecem sangue aos miomas. Um tubo fino chamado cateter é inserido e guiado até essas artérias. Assim que o cateter atinge as artérias uterinas, são liberadas pequenas partículas chamadas embólicas que bloqueiam o fluxo sanguíneo para os miomas. Privados de sangue, os miomas encolhem com o tempo e morrem, aliviando as mulheres dos sintomas relacionados aos miomas, como sangramento menstrual intenso e dor e pressão pélvica.

Embora o procedimento UFE seja eficaz, a forma como trata os miomas também pode ser uma fonte de dor. Para abordar esse problema clínico de um ângulo diferente, o Dr. Tetsuya Katsumori e uma equipe de pesquisadores decidiram estudar como o uso de diferentes materiais embólicos afetou a dor pós-EUF em 101 pacientes durante um período de aproximadamente oito anos.3 No geral, 52 pacientes foram submetidos a EAU com Microesferas Embosfera e 49 pacientes foram tratados com partículas de esponja de gelatina. A dor pós-EUF foi medida usando um Escala Visual Analógica onde os pacientes puderam escolher um número que refletisse a intensidade de sua dor. Dosagens de medicamentos para dor e sedação consciente também foram registradas.

Os resultados mostraram que não apenas os escores de dor foram significativamente mais baixos entre os pacientes tratados com Microesferas Embosfera nas primeiras 24 horas, mas o tempo de internação foi menor e foram necessárias doses menores de dor e sedação consciente.3

Por que os pacientes tratados com As Microesferas Embosphere[ask_translation] sentem menos desconforto? Os pesquisadores observaram que a dor logo após a EAU pode estar associada à restrição de sangue no tecido uterino normal. Uniforme em tamanho hidrofílico e esférico [ask_translation]Microesferas Embosfera direcionar melhor as artérias que fornecem sangue aos miomas, ao mesmo tempo que evita a restrição severa de sangue ao tecido uterino normal.3 As partículas de esponja de gelatina não têm as mesmas vantagens. Dados estes resultados, Katsumori e sua equipe consideraram esta informação útil ao selecionar um embólico para EAU.

Este avanço na EAU pode ajudar os médicos na escolha de um embólico para usar e – mais importante – pode ajudar as mulheres a tomar decisões informadas sobre os seus cuidados. Porque quando se trata de tratamento de miomas, o único lugar para estar é por dentro.

REFERÊNCIAS
1. Silberzweig, JE, Powell, DK, Matsumoto, AH, et al. (2016). Manejo de miomas uterinos: foco em técnicas intervencionistas que preservam o útero. Radiologia, setembro;280(3):675-692.

2. Kim, HS, Czuczman, GJ, Nicholson, WK, et al. (2008). Níveis de dor dentro de 24 horas após a EAU: uma comparação entre morfina e fentanil analgesia controlada pelo paciente. Cardiovasc Intervent Radiol, Nov-Dez;31(6):1100-1107.

3. Katsumori, T., Arima, H., Asai S., et al. (2017). Comparação da dor dentro de 24 horas após embolização da artéria uterina com microesferas de gelatina tris-acrílica versus partículas de esponja de gelatina para leiomioma. Cardiovasc Intervent Radiol, Nov;40(11):1687-1693.